domingo, 1 de fevereiro de 2015

...e brotou a semente do amor.

A página em branco com o cursor piscando espera de mim que esse turbilhão de sentimentos que invadiram o meu ser se transforme em palavras. Eu gosto das palavras. Mas elas me faltam quando olho para dentro de mim, pro meu corpo, e vejo que nele brotou a semente do amor. Um amor genuíno, um amor de dois, um amor escolhido, um amor desejado. Amor que dispensa apresentações. Um amor feito de muito esmero, que a cada dia cresce pra vir ao mundo e ser aquele, ou aquela que espero desde as brincadeiras de menina: meu bebê .

domingo, 8 de junho de 2014

Sarah + mini wedding + lua de mel = f.e.l.i.c.i.d.a.d.e.

Fotografia por: Anni Marcondes
Fotografia por: Anni Marcondes

Começo a redigir esse relato sem saber que palavras usar. Preciso dizer que, talvez, nunca tenha usado as palavras da maneira como vejo hoje...
Isso pois, as palavras me faltam quando olho para tamanha benção que Deus tem nos proporcionado em dias como esses. Aliás, desde quando entregamos o nosso coração a Deus, nunca mais a nossa vida foi a mesma...
De fato, sonhamos um dia com "um" casamento. Mas Deus nos mostrou no íntimo dizendo "filhos, tenho sonhos ainda maiores e melhores para vocês...", e então, nos contemplou com "o" casamento. É por isso que digo que não vivemos "um" sonho de casamento, mas vivemos o sonho de Deus para "o" nosso casamento.
E esse dia me faz refletir sobre o uso das palavras. Se eu soubesse o valor e poder que as palavras tem, teria guardado para o dia do nosso casamento as palavras: bonito, encantado, amor, "eu te amo", doce, espontâneo e sincero. Isso porque o nosso casamento foi assim, como essas palavras merecem ser significadas. A decoração, desde o convite (produzido pela querida irmãzinha, Meire) com a tag da nossa listinha de presentes, sugerindo um disco de vinil com dedicatória; as composições na maquinha de escrever entre árvores e flores, com mensagens aos noivos; o varal com os nossos momentos da infância, adolescência e encontro; a vitrola decorada; o quadrinho formando a árvore do nosso casamento, com as digitais dos convidados; e tantos outros adornos difíceis de relatar, talvez por minha inabilidade com as palavras, e de tê-las usado tantas vezes de maneira imprópria...{ahh, se eu conhecesse o que Deus tinha guardado para nós dois, jamais teria usado as palavras que muitas vezes usei, sem saber o real sentido que elas entoam}. Por isso, me permito pedir perdão à todas as palavras que usei de maneira vã e enganosa por toda minha vida passada, e abro agora a sincera significância de todas elas, e as uso de fato, em meu mais profundo sentimento, de maneira única, como nunca antes usei.
Primeiro, é importante guardar aqui, que tudo começou com os encontros semanais com o jovem Pr. Thiago Jachetto. Sentávamos, o Victor e eu, de frente para ele e, dalí, não queríamos mais ir embora. O Thiago tem tanta sensibilidade, que somente quem conhece e vive a palavra de Deus, como ele, pode ter. Ele nos ensinou tantas coisas, nos ouviu, nos fez refletir sobre tantas questões do casamento: amor, respeito, honra, liderança, filhos, sexo, a escolha de amar e principalmente, o foco central do casamento: o compromisso. Foram encontros que, tanto o Victor quanto eu, guardaremos e tentaremos sempre colocar em prática, enquanto vivermos.
E de tudo que aprendemos com o Thiago, deixo registrado aqui algo que mudou a minha visão de vida. O entendimento que amar não é algo que acontece e pronto, tem data para acabar, como o vasto mundo nos faz pensar desde que nascemos. Não. Amar é antes de tudo uma escolha. Nós escolhemos amar. E como escolhemos, o amor não acontece de uma hora para outra. É preciso tempo, disponibilidade, intimidade, confiança e... espera. O Thiago me fez pensar que eu desejei até então viver um grande amor. Mas o que vivi foi um amor que na verdade eu não conhecia o verdadeiro sentido. Um "amor" desgovernado. Um amor cheio de medo, incertezas, infidelidade, capricho, desrespeito, insegurança. Um amor terreno, palpável. Um amor segundo os meus anseios tão mesquinhos e individuais. Mas Deus preparava para nós "O" Amor. O amor que escolheremos ao acordar e ao dormir. O amor que nos sustentará nas brigas e diferenças. O amor que nos permitirá honrar e respeitar. O amor capaz de suportar os piores defeitos e admirar de maneira declarada as qualidades do outro. O amor que será construído e cultivado dia-a-dia, pra então ser amor no todo do seu ser: oceano! O amor que sim, é capaz de tornar dois corpos um só, como nunca antes concordei. Por egoísmo e por em si, não reconhecer que é necessário ser juntos "amor".O Amor que implica em decisão de um rumo ao longo da vida, e o fato de encará-lo sabendo que não poderá ser interrompido enquanto os corações baterem, porque amor é para sempre.
Depois então de tanto aprendizado com o Thiago, veio a nossa cerimônia. Entre árvores, flores, passarinhos, e nossos melhores amigos (num grupinho de pouco menos de 60 pessoas), o nosso manisfesto do ato de amor que mudaria o nosso relacionamento e nossas escolhas, deixando para sempre de sermos dois, para sermos um, até o fim de nossas vidas. E com a licença da palavra "sincero", abro assim a descrição para esse momento. Embalados pelas palavras abençoadoras do Pr. Thiago, e honrados com a entrada das nossas alianças, por um ser tão pequenininho, mais gigante no retrato do amor da Érica com o João, a nossa querida "espatódea" Sarah, e assim, dando sequência aos nossos votos, que de maneira tão espontânea, encheu os nossos corações e emocionou os corações dos amigos presentes. Porém,  o que gostaria de dizer aos amigos, e que ainda não disse, é que não fomos nós, mas Deus, que ungiu aquela manhã e nos tirou do coração, o que Ele tinha guardado para nós. Digo isso, pois, nem eu mesma consigo ter tanta clareza das palavras que usei, mas que foram selecionadas por Deus {tão cuidadosamente} nesse momento. O que tenho guardado sim, é a plena clareza de ter lavado com aquelas palavras sublimes o meu velho ser, e ter dado boas vindas para a Dayane que, desde aquelas palavras, vive em mim, assim como sinto viver no meu amado Victor também, que usou as palavras selecionados por Deus da mesma forma.
Bonito, sensível, sincero e cheio de amor. É assim, que me lembro e que guardarei para sempre o nosso casamento. O dia 24 de maio de 2014 nos embalará para o resto da vida, e será o nosso porto seguro, quando as coisas balançarem e não estiverem bem, porque sei que hora ou outra isso acontecerá, e então nos recordaremos que, nesse dia, fizemos uma escolha e firmamos perante Deus e os melhores amigos o nosso destino: o compromisso de  construir um amor eterno.
E assim, viveremos "o grande amor da nossa vida" (!!!!!!).

(Logo mais, as fotografias, registradas pelo olhar sensível da querida Anni Marcondes, que estão maravilhosas, e que nos tiram suspiros o tempo todo...)

E com assinatura nova, finalizo com amor,
Dayane Yamashita. ;)

sábado, 15 de março de 2014

Sarah


Refletindo sobre o que escrever, cheguei a pensar que seria compreensivo se ficasse em silêncio, para não correr o risco de deixar meu parco vocabulário diminuir tudo o que estou sentindo.  O fato é que, num dia, que ainda não sabemos exatamente quando, as palavras mais exageradas de amor vão se calar. Não será por menos, minha sobrinha chegará ao mundo.
Por isso decidi escrever, afinal, muita coisa importante carece de nome! Muita coisa importante na verdade tem mesmo apelido. Na chegada da minha primeira sobrinha, filha da minha irmãzinha caçula, louvo a Deus dizendo: Seja bem vinda Sarah. Bem vinda!
Desculpe as coisas feias do mundo. Quem veio antes não pensou que a gente ia durar tanto sobre esse chão.
E por aqui é preciso coragem, pequena! É preciso esperança! A esperança faz um novo mundo, aliás, você é esperança de "boa nova". Portanto, que você venha subvertendo o mundo, amando a esperança que salta os muros e brinca arteira com tua criança, a fé Sarah, está na vida.
E, embora as coisas feias do mundo esteja sobre esse chão, bem dentro do mundo, o Amor se espalha, e acredite, também está bem vivo sobre esse mesmo chão.
Então venha pro lado de cá Sarah, fazer desse chão o seu mundo, e conhecer Esse Amor que nos faz um, sendo pra você bandeira, verdade e graça, de uma fé revolucionária!
A titia e muitas pessoas queridas aqui presentes, como a mamãe e o papai, a esperam para dar-te a mão e ir contigo.


Daya - 15/02/2014 - Chá da Sarah. O texto é inspirado em trechos e poesia de Marcos Almeida (Palavrantiga)

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Boa nova.

Deus acaba de me tocar, mostrando que quando penso "Deus, eu não sei o que falar com Você hoje..." é nesse momento que preciso me render assumindo juntamente essa minha incapacidade.
E, depois de assumir, como é imenso o amor que sinto agora, Ele me transbordou do Seu amor, mesmo eu dizendo que não sabia o que conversar com Ele.
É tão misterioso o falar de Deus, mas é tão real...
Fechei a porta do meu quarto, e a conversa com Ele que adiei o dia todo, aconteceu tão pura quando chorei e assumi "Deus, eu não sei o que falar hoje..."
Depois de chorar em Seu colo, depois de me sentir consolada, Ele me deu essa oração, através da canção de Marcos Almeida, do Palavrantiga, então eu O louvei com toda a minha sinceridade, como se essas palavras fossem as que viessem camufladas no sentimento que entrei em meu quarto, mas agora não mais ocultas por minha incapacidade de falar, porque até nisso Você faz por mim, né, Jesus?!
Como é bom saber que Você é sempre presente quando eu O chamo pra entrar da porta do quarto para o meu coração.

Queria dizer ao mundo todo: Jesus é tão simples...

Eis então a minha oração de hoje:



De tudo quanto eu tenho pra dizer
Eu digo muito pouco com as palavras
Eu presto atenção em Ti
Vejo com apreço o Teu andar
A imagem mais perfeita da verdade
Palavra viva, vida que eu posso tocar
Me guia
Deixa eu viver a boa nova
Deixa eu me encontrar com esse amor todos os dias
Deixa eu viver a boa nova
Que me faz bem, me deixa amar sem perguntar a quem
Mas sou tentado a ir adiando este dia:
Que é me lançar em Ti,
E me ver completo em Teu amor

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Presente de Natal.


O Victor mostrou sua sensibilidade ao me reconhecer, sem que eu precisasse falar.
Há tempos já, eu meio que "deixei" algumas artes que gosto de lado: a música, o violão, a fotografia, a poesia, a literatura... 
Eu realmente precisava esvaziar o coração, e deixar "A" voz mais íntima falar por mim. Eu ainda busco por "Essa" voz que me mostra uma versão muito melhor desse "rascunho" que me tornei, sei que essa busca é incessante e necessária. Mas é com essa versão que tentarei retornar às Artes! 

A fotografia sempre mexeu muito comigo, e é por isso que disse que o Victor demonstrou sensibilidade!
Sei que foi realmente um presente por amor à pessoa que ele vê em mim, sem que eu precise explicar, justificar ou expor. 
Ele não é de muitas palavras, ou declarações de amor. Ele simplesmente me vê dentro do seu misterioso silêncio, e talvez, por ser o ser humano que melhor me conheceu até hoje, me presenteou com a linguagem que melhor define o seu jeito de me amar: o olhar. 
A fotografia nada mais é que "o olhar"! Por isso, agora colocarei o meu olhar, levando o seu em minha câmera fotográfica, guardando o que vier de sincero pela vida afora.


Com amor, Daya




quarta-feira, 20 de novembro de 2013

é bonita, é bonita e é bonita.


vazia.

Eu já me achei muito especial por ser nostálgica, saudosa e "guardar" finitas imagens, bilhetinhos, cartas, músicas, filmes e desenhos, (dentre outros materiais físicos e outros não), por achar que ser "assim" me faria melhor do que pessoas que sabem "virar a página", que caminham tendo como alvo o "estar por vir", cheios de esperanças no amanhã.
Mas, hoje só tenho a clara dimensão de quão deprimente e resistente é me considerar um "HD" de muita potência e pouca consistência na crença do que virá. É "meio" assim, mesmo. O computador é tudo de bom, mas ele só tem o que passou, e não espera por novidade nenhuma, ele se basta assim. Sei que estou fazendo uma analogia medíocre e ridícula, mas é o que me ocorreu agora, ao ver quantas pastas e arquivos (físicos e outros não) ainda tenho do meu passado. E é bom ressaltar que isso se trata de modo literal e não literal. E para quê? Pra ficar vendo e lembrando de quanto pecado há em cada uma delas? Pra ver que uma situação que já começou toda errada, só poderia mesmo terminar como terminou? Então, guardar o quê? Pra quê? Até quando?
Busco por essas respostas.
Até quando vou fechar os olhos e ficar relembrando? Observando onde foram os erros, tendo de volta a dor de uma noite, num quarto de uma casa vazia. Despida por fora e tão pesada por dentro, sem  forças pra levantar da cama, sem forças até pra chorar. Presa ao aparelho celular que falou "eu não quero mais, acabou". E depois, por muitos dias, a sessão de terror, onde o aparelho se tornou desejo de ouvir uma voz, que na verdade deixou de existir depois do adeus, que era mesmo só um ser não-vivo, inanimado, frio, que eu deseja voltar a simplesmente ouvir um "alô". É isso. Por isso pergunto novamente "pra quê guardar"?
Agora entendo a canção que diz "tudo que eu vi, não é tudo que eu preciso aprender (...).
E não é mesmo. É preciso prosseguir. Deixar feridas cicatrizarem. Tirar o ressentimento do coração tão humano. Tão humano, meu Deus.
Eu preciso me esvaziar, afinal, a vida é tão bonita. A vida é boa, sim. Hoje sei quem sou, sei por que estou aqui, por que não sou obra do acaso, nem do destino. Eu sei quem sou. Quantos ainda se perguntam "quem sou eu"?. Mas eu tenho a dádiva de saber quem sou.
[respiro aliviada]
Comecei a escrever triste. E agora olhei pro lado e o telefone toca, meu cachorrinho "Chico" abana o rabo porque quer passear; o meu amor limpa a geladeira, com todo cuidado, afinal, é a nossa casa, o nosso lar. E ao meu redor, olha só! Meu quarto aconchegante, silencioso, cheio de amor. A sala colorida e confortável, com tudo que escolhi  e pude comprar. E ainda serei titia da Sarah em breve. Logo também serei mamãe. Acho que consegui me esvaziar pra sempre e não me dei conta de que já estou "cheia" de hoje.
Eu tenho tudo do jeito certo. Estou cheia de fé e esperança que amanhã estarei melhor ainda. Eu posso começar a viver o céu aqui na Terra. Ser cheia de graça no sorriso e no choro. Eu posso! Tudo posso!

Graças a Deus, vazia do ontem. 
Aberta pra tudo que é novo.

Feliz,
Daya