quinta-feira, 16 de junho de 2011

Destino?

De repente, um acontecimento muda todo o percurso da nossa vida. Vai saber?
Eu não espero nada. Mas havendo possibilidade, havendo disponibilidade e entrega, já valeu a tentativa de "compartilhar alguma coisa com alguém, se arriscando ser eu mesma". Sem jogo, sem máscaras, sem surpresas.

Eu ainda não sei dizer, vou vivendo um dia de cada vez e, quem sabe, talvez, muitos textos bonitos brotem de tudo isso?

D.







sábado, 11 de junho de 2011

Já passou!

A música de Marcelo Camelo e a minha mãe têm mesmo razão:
Tudo passa.
Veja, já passou!


"Eu você e todos os encontros casuais
os ais e os hão de ser
e todos os casais também
olha, acho até que quem achou que nunca ia
esse ia se espantar de ver que o ódio e o amor
e até eu vou pra ver no que vai dar
a massa a moça
e até esse pra sempre

tudo passa"



...e essas asas.

Estar só devia ser um pressuposto de que estou livre, que posso voar para onde quiser. Mas quando estar só, só faz encontrar solidão, então é hora de do alto deste céu, procurar um pouso. Chega. Eu quero repouso.
Existe alguns caminhos apontando a direção, porém, há um leão calando o coração.


Mas como diz minha mãe, "Vai passar, filha. Vai passar..."




quarta-feira, 8 de junho de 2011

Avôzinho, Irineu.

...e ficou uma vontade enorme de dizer a ele, aquilo que sempre nos falava no momento de ir embora:

"-...Mas já vai? É tão cedo, ainda. Fica mais um pouco..."





segunda-feira, 6 de junho de 2011

Meu bem querer.


Tem uma hora que alguém precisa romper o silêncio.
Eu sei que isso dobra o medo.
Mas eu anseio como nunca, aquilo que há por vir.
Aceito os meios dos ventos que virão
te trazendo para perto de mim,
ou
te levando para longe.
Hoje simplesmente não receio mais.
Não faço esforço pra você gostar de mim,
por que gostar é um ato incompreendido,
para tanto, não existe pedido.
Então, se você gostar de mim, assim será, de qualquer jeito
mesmo eu cheia de eus imperfeitos e de tantos defeitos.

Meu bem querer,
só espero de você
o que você querê.

E assim sigo ilesa,
Sem alarmes e nem surpresas.



quinta-feira, 2 de junho de 2011

Sem palavras.

De hoje em diante não chamo mais ninguém de "amor", a não ser que haja merecimento. As pessoas habituam falar delicadezas a qualquer hora, e depois já não sabem mais o sentido que as palavras realmente querem transmitir.
Estou farta de romantismos irreais dos quais, por anos, fiz parte. "Amo você para sempre", "Você é minha vida", "Meu tudo", "Você é meu melhor presente", "Você é o amor da minha vida", "Minha estrelinha", "Meu pirulito", e milhões de apelidos doces, que só existem para camuflar na aparência de um relacionamento perfeito, do qual eu também já fiz parte (por muuuitos anos) e sei, é só uma cortina de fumaça.
Troco todo esse tipo de romantismo, todos os apelidos, todas as mensagens, bilhetes e cartinhas de amor, por um relacionamento maduro, formado de duas pessoas querendo dividir apenas o chão, e um pedaço de terra sagrada do seu coração.
Quero descer no mais íntimo de alguém e ouvir coisas que a boca do corpo não sabe traduzir.
Chegar bem perto de um coração e poder realmente descansar em um peito que não me faça escutar batidas de um coração aos pulos só pra ouvir "olha, bate por você". Não, eu não quero um coração metaforicamente dando batidas por mim. Quero só um peito que, de vez em quando, possa me acolher e me permitir fechar os olhos, numa manhã de domingo, e num transe entre sono e realidade, me permitir sem susto brusco, abrir calmamente os olhos.
Não quero alguém que me faça refletir no tamanho do seu sentir, já faz tempo que parei de medir. Quero alguém apenas disposto a dividir comigo a sua companhia, demonstrando ser livre, ter a sua vida particular, sendo consciente de ser um ser único e individual no mundo, como todos somos, e mesmo assim, por opção, querer estar comigo, se arriscando sentir esse mistério que é olhar na mesma direção, nesse intervalo entre um ser e o outro.
Sei que estou sendo repetitiva com essa palavra "quero", é por isso que devo ressaltar e deixar bem claro que cansei das palavras. Das dos outros e das minhas também.
A minha busca é uma comunicação alternativa, sem mais palavras bonitas.
É sentir, ao decorrer dos dias, que relacionamento é primeiramente construção.
E assim, com o passar do tempo, dos anos, viver apenas de uma só sincera comunicação: o amor.

Daya Moraes.