domingo, 27 de novembro de 2011

No alarms and no surprises.


Continuo quietinha, quietinha...
Atenta. Ouvindo pós-voz.
Parada no que me cerca com tanto zelo, cuidado e respeito.
Em movimento, venho sentindo o amor construir, crescer, fortalecer, realizar, ser.
Vivendo o silêncio da pausa de longas conversas, o silêncio do movimento e da pausa de longos beijos. Falo do silêncio na hora do amor. Do pós-voz, no momento de admirar, ouvir, compartilhar, acariciar, abraçar. O pós-voz que os olhos falam por nós. De silêncios necessários pra deixar fluir o amor.
"No alarms and no surprises."
Sem que nesses intervalos, seja necessário publicar, divulgar ou descrever( "silent silence").
Sim, elas existem. As palavras. Mas dessa vez, elas são só dele. E as dele, eu visto e costuro do lado de dentro. Sem apertar, nem sobrar. Só me cobrir e habitar aquilo que também sinto. As palavras dessa vez são guardadas para nós dois.
Que me perdoem os queridos, Los Hermanos, mas hoje, ninguém precisa mais me olhar na fila do pão e saber que eu o encontrei. Ou então, que nosso amor é "tão diferente assim".
Ora, o que teria de "tão diferente assim", se leva no nome amor, Amor?
Pra mim, o amor já basta em si "o além".