terça-feira, 22 de maio de 2012

Ele, Pitangueira.


Há um tempo, incomodava quando me diziam lembrar alguma coisa da Mallu Magalhães.
Não vou me prolongar nesse assunto. 
Eu naturalmente mudei. Eu mudo o tempo todo. Mesmo que em suma eu continue "...virando a cabeça da boneca só pra olhar o poeta...".
"Pitanga", o novo álbum de Mallu,  chegou aos meus ouvidos e inundou  um sentimento. Acho que trouxe voz pra algo que eu gostaria de descrever.
Sentimento esse, que há aproximadamente um ano, surgiu em minha vida, em uma das noites mais estranhas, dessas que  não se espera nada que impacte o resto da sua vida.
Não. Não, falo de uma cena de filme romântico. Borboletas no estômago? Também não. Adoro borboletas, mas, francamente? São belas demais pra ficarem presas e morrerem em 24 horas, justamente na minha barriga! Enfim, não houve uma grande cena, nem ao menos "flerte" que se prese. Ele chegou. Eu olhei. Ele olhou. Nos beijamos. Depois falamos os nomes um para o outro. 
É. Foi isso mesmo?! Deixa eu ver.. O beijo, o olhar... não, não. Acho que eu não o beijaria sem lhe perguntar o nome. Será? Eu mudo. Eu mudei. Confuso, né?! Mas já falei. Hoje não vou me prolongar.
Provei "Pitanga", provei "ele". E foi indo um dia, com mais um dia, com mais um dia. E na somatória bonita que chamamos de tempo, brotou-se "pitanga" em mim. Brotou-se "ele". 
Cresce. Percorre a terra macia deste coração meio cansado de querer um solo pra repousar. 
Mas, finalmente é solo!
E é sem dúvida nenhuma! É seguro. É confortante. 
Mas como disse, não é paixão. Paixonite. Paixão arrebatadora que nos cega.
Não. Não vou me prolongar. 
Nem tem explicação. 
Mas, tenho dito:

É algo enraizado. Não é fruto comercializado. 
É como Pitanga.
É na verdade, uma Pitangueira inteira!
...

"A pitanga é o fruto da pitangueira (...) na mesma árvore o fruto poderá ter desde as cores verde, amarelo e alaranjado até a cor vermelho intenso de acordo com o grau de maturação. 
(...) Este fruto não é produzido comercialmente...".

É, Mallu sabe das coisas.



quinta-feira, 10 de maio de 2012

Postagem no Facebook.

Quero deixar guardado aqui, essa minha postagem na rede social "Facebook", porque um dia, tudo aquilo vai passar, mas esse meu espaço permanece.


(...) Consta que "...O Estado de São Paulo teve o maior número de interessados: 170.425 inscritos", e a classificação de Victor Yamashita foi 41. :). E não é sorte ou loteria, não. Ele é muito inteligente e esforçado mesmo. Já participei de concursos, é difícil, muito mais disputado que vestibulares. E ele, que docilmente chamo de "meu amor", tem me ensinado que inteligência vem acoplado com humildade (inclusive sei, que vai odiar eu ter publicado uma coisa dessas aqui). 
Mas, fugindo um pouco, nosso estilo reservado de nos relacionar (que eu prezo e respeito tanto), queria deixar registrado aqui, minha imensa admiração e todo o meu afeto por ele:
"Meu amor é seu, mas dou-te mais uma vez..."

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Paz, repleta de cor.



Transbordo o branco
Componho só com o que é brando.
Desenho uma caixa de adorno
Pego toda palavra dor e torto
Encho de alívio e conforto.

Sem perigo agora de extinguir, de sumir
a caixa pequenina que casa amor,
desenhada a som de sensível flor
nossa casa branca de toda cor!

E assim vou eu,
bordada do branco colorido
que tu me deu.

Ah, eu sei,
o amor há de mudar.
Calar, cantar,
transformar.
Mas dessa vez, "Kirei",
dessa vez só,
as cicatrizes vão brotar
além da palma de minhas mãos,
mas em mim lugares
permanentemente diferentes.

Como a caixa pequenina casa o amor,
Nossa casa branca é repleta de cor.