segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Horário de verão

Hoje acordei assustada, com um pesadelo horrível! Tive mesmo uma noite terrivelmente mal dormida. 
Calor, cobrança de ter que dormir cedo, pra acordar no horário antigo de 4h30, que agora se converte em 5h30 (ou seja, o que já era cedo, se tornou ainda mais cedo no dia de hoje). 
Mas, depois de um tanto refletir, ainda deitada em minha cama, recuperando o fôlego do choro dentro do pesadelo, me lembrei facilmente que antes de acordar, tocava uma música. Uma música que escutei poucas vezes, mas foi como se o tema de fundo do pesadelo se desmentisse com o som da música, tornando-se sensivelmente um sonho bom.
Pode parecer bobagem. Pode parecer exagero. Mas deixar o som prevalecer em meio ao pesadelo, foi inédito no meu "waking life". O pesadelo era  uma tradução de sentir corpo adentro o reflexo de uma traição. 
Eu já estive do lado de "lá", e graças a Deus, tive a oportunidade, muitos anos depois, (por ter sentido também essa dor do lado de "cá"), a leveza de pedir perdão. De ser perdoada com a frase "Linda, eu já perdoei você há muito tempo". E melhor ainda, de me perdoar, que como eu disse, demorou anos para acontecer. Depois de todo esse tempo. Depois de tudo no pretérito perfeito. Isso me fez ser convicta de uma coisa: seja lá como for, lealdade é a maneira mais honesta de lidar com a gente e com o outro. Parece clichê. Parece livro de autoajuda. Mas não é. Como eu disse, já estive dos dois lados. Acredite, ainda hoje não sei dizer qual das dores é a pior. Mas com certeza, aprendi a saber qual é o melhor sentimento, enquanto simplesmente, abro os olhos de um pesadelo (do lado de "cá" ou de "lá") e vejo o quanto é claro o que vem depois, o agora.
Talvez por isso a música se chame "Luzes da cidade". Talvez por isso, ela diz ser "fim da tempestade", ironicamente, no marco exato, da mudança para o horário de verão.

"Pode ser abençoado o teu amor
E tão leal
Pode ser

De abençoar..."

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Meu lugar.

Bom dia, e chuvinha pra melhorar ainda mais! E hoje é quarta-feira, dia de uma pausa na semana pra ver o meu amor. Ultimamente só falamos de apartamento, móveis e decoração, rs. Mas é gostoso! Fico horas e horas aqui, numa lista de lojinhas online que salvei, viajando e imaginando como será o nosso lar. Estou cheia de amor, de vontade e de carinho, assim fica tudo mais fácil.
Outro dia, voltando da casa do Victor, com a música baixinha no carro, me permiti percorrer por nossa história. Entre tantas coisas que ele me ensina, com sua bondade sem tamanho, a maior delas é que me proporciona o amor leve. Não falo de um amor perfeito, encontro de almas, coisa de sonho. Não. Faz tempo que eu passei dessa fase. É um encontro de seres humanos complexos. É saber reconhecer inclusive que não existe esse negócio de "casal perfeito". Somos dois, que a cada dia renova a fé no amor que anda tão difícil manter na sociedade atual. Somos feitos de fatos, acho que é isso. Nosso amor não é romance, nem poesia. Nosso amor é fato.

Feliz e cheia de esperança!
;)


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Dia dos professores.


Sabe quando você se sente confortavelmente bem em um lugar, que não seja a sua casa? Sinto-me assim, nos espaços que de repente se tornam lugar de construção de conhecimento. Apesar de me sentir sempre tão inexperiente, já são alguns bons anos de lutas e glórias em torno de ensinar x aprender. O magistério é bastante difícil! Não basta um diploma na graduação, mestrado e doutorado. Sim, a formação acadêmica é essencial e muito importante, mas a formação do professor é constante, permanente, e só acontece realmente se for ativa em sala de aula. Não basta o conhecimento intelectual. É preciso manter a mente aberta, é preciso vencer o preconceito, é preciso disposição, dedicação. É preciso acreditar no trabalho que é de formiguinha, não acontece de uma hora pra outra. Por isso é preciso paciência, tolerância, e ainda, ou simultaneamente, uma boa dose de afeto. Querer chegar perto, olhar nos olhos. É preciso contato físico, emocional. É preciso saber ouvir (meu Deus, e como eles falam, rs!) É preciso deixar a arrogância de lado, (o professor não sabe de tudo). Em suma, é preciso ser bastante humilde pra reconhecer as falhas, os erros, saber pedir desculpas. É preciso também reconhecimento, um bom salário, condições adequadas para um bom trabalho. É preciso parceria com gestores, políticas públicas coerentes. É preciso parceria com as famílias. Não, não é fácil. É um trabalho árduo. Por isso é inadmissível “aventureiros” que por falta de opção e de determinação na profissão que lhe agrada, entra para o magistério encarando todo esse universo complexo, como um “bico”, “umas aulinhas pra tirar um troco”, um “tapa buraco” na vida financeira. Conheço esse tipo de pessoa infeliz , que por não ter paixão pelo que faz , acaba desvalorizando a profissão de professor. Que é a minha profissão! Que é a profissão de gente que fez essa escolha de vida, poxa! 
Por isso, meus parabéns e toda a minha reverência, hoje e sempre, é para você, professor e professora, que se enquadra nessa luta diária, que levanta bandeiras em prol da educação pública de qualidade. E que acima de tudo, de coração tranquilo e mente sempre inquieta, tem orgulho daquilo que faz. 




Obs.: Inspiração de hoje: Filme "Taare Zameen Par". MARAVILHOSO!




domingo, 14 de outubro de 2012

Dica de filme "Aqui é meu lugar"

Entre alguns filmes com meu amor, no feriado e final de semana, indico "Aqui é meu lugar" (This must be the place, de Paolo Sorrentino). 
O filme me fez chegar ao motivo pelo qual eu nunca coloquei um cigarro na boca, e ao mesmo tempo, a longa reflexão de que talvez seja essa a hora (?).
O filme vale pela fotografia; interpretação perfeita de Sean Penn; trilha sonora; roteiro e direção. 
Além, de fazer amantes do "rock depressivo", estranhos e incompreendidos, se encontrarem em muitas facetas de uma vida influenciada pelo estilo musical ou vice-versa. 


Amei!
Fica a dica!






sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Entregue-se.

Ontem trabalhei 12 horas! Se estou cansada? Muito! Até acordei no horário da aula de fotografia hoje, mas não consegui lavar o rosto. Voltei pra cama e dormi mais um pouco. Tive um sonho diferente. No sonho eu imaginava que estava fazendo algo. E tinha consciência que só estava imaginando. Mas na verdade, só sonhava que imaginava. Complexo, né?! Vai saber qual é a realidade. Sempre penso que talvez esteja dormindo e seja tudo um longo sonho. Vai saber?!
Enfim, perdi a aula de fotografia, mas me permiti descansar um pouco mais. Os dias parecem longos, mas ao mesmo tempo eu nem vi a semana passar. Muito trabalho, muito!
Quero férias, quero praia, quero descansar, quero a minha casa. 
Acho que de tudo isso, quero mesmo a minha casa.
Quero ser esposa, quero aprender pratos novos, quero acordar com "bom dia, amor". Quero discutir notícias de TV. Quero planejar os investimentos, as economias. Aliás, é a primeira vez na vida que consigo economizar dinheiro. E estou aprendendo a dar valor ao dinheiro que ganho com tanto trabalho árduo. 
Por enquanto eu fico aqui a imaginar uma porção de adornos por um espacinho que chamarei de meu lar. Meu não, nosso. E acho que é isso que tem me impulsionado a trabalhar tanto, a economizar, a esperar e a conter a ansiedade.
E o coração estendendo a calma e leveza que nele habitou desde que o amor chegou. E pedindo para enterrar fantasmas que bloquearam momentos de desejar o que virá, de imaginar, de sonhar.

E eu continuo nessa caminhada. Eu me entrego...